Ao encargo dos técnicos da Emater/RS-Ascar e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/RS) os visitantes da 11ª Expoagro Afubra recebem orientações sobre o manejo sanitário bovino e boas práticas de ordenha e casqueamento de úbere em ovinos. As palestras ocorrem pela manhã e tarde no pavilhão da exposição de animais e no estande do Senar/RS.
A técnica em pecuária da Emater de Teutônia/RS, Cláudia Paraíba, fala dos dez os simples para uma ordenha técnica e de qualidade, higiene no uso das ordenhadeiras e no recolhimento do leite. Cláudia acentua que o leite é um investimento de muita responsabilidade e que é consumido pelas pessoas. A técnica explica que em breve vai começar a vigorar a normativa que a de 750 mil para 200 mil células somáticas do leite, que é o que determina se o produto tem infecção, ou seja, a mamite. “O produtor que não está adequado tem que se adequar rapidamente para poder vender para os lacticínios que exportam”, observa Cláudia, salientando que é uma questão de se adequar ao mercado. “O resultado do produtor é o leite, por isso, há a necessidade dele se adequar às normas técnicas e qualificar a propriedade. Se ele não investir em qualidade, todo o seu trabalho e resultado que é o leite, ele perde”.
OVINOS
O casqueamento e limpeza do úbere em ovinos, segundo o zootecnista do Senar, Rafael Batista Medeiros visa a cura e a prevenção da podridão do casco. Medeiros também ensina aos produtores como é que se dosifica contra a verminose, tanto aplicada via oral quanto injetável. Outra orientação é em relação ao período do pré-parto e o manejo do úbere fazendo com que o cordeiro tenha fácil o às tetas e mame o colostro que é indispensável para o cordeiro nos primeiros dias de vida.
Adotando estas técnicas, o produtor, conforme Medeiros tem várias vantagens em relação ao casco, que é eliminar e prevenir as doenças como a podridão. Com relação à dosificação, o produtor otimiza o vermífugo. No que diz respeito à limpeza do úbere, o produtor deve proceder no sentido de que o cordeiro sobreviva nos primeiros dias de vida, fazendo com que ele mame nas tetas e não na lã da ovelha.
Na leitura de Medeiros, a criação de cordeiros se apresenta como uma alternativa de renda para a pequena propriedade. O zootecnista observa que o quilo da carne de cordeiro vivo está sendo comercializada entre R$ 4,50 e R$ 5, enquanto o boi está entre R$ 3,20 e R$ 3,30 o quilo. “O cordeiro se apresenta como uma excelente opção de renda para qualquer tamanho de propriedade”, pontua Medeiros, acrescentando que o quilo da carne de cordeiro nos mercados e açougues é comercializada entre R$ 15 e R$ 20 e há a tendência de que o preço seja majorado a partir do final do mês de julho. “É preciso ainda levar em conta que a carne de cordeiro é muito saborosa e tem grande procura”.
Foto: Lula Helfer/Afubra
Coordenadoria de Imprensa – Expoagro Afubra 2011
Edemar Etges