O Auditório 1 do Parque da Expoagro foi palco para o 15º Fórum de Diversificação de Culturas e Atividades Rurais, na tarde desta quarta-feira, 26. Com o tema Resiliência climática, os participantes puderam ampliar seus conhecimentos com foco no desenvolvimento da cadeia produtiva.
No evento, o coordenador da Expoagro Afubra, Marco Dornelles, reforçou o trabalho da entidade em prol da diversificação. “Desde o início da nossa história, em 1955, há uma preocupação com a produção de subsistência dos produtores de tabaco, que é uma característica da agricultura familiar”.
Para o presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede), Heitor Petry, há uma busca constante em gerar renda e novas possibilidades aos produtores. “Ninguém segue plantando se não houver renda. Por isso precisamos cuidar do ambiente produtivo, do convívio, da nossa vida. Não podemos mudar os efeitos do clima, por exemplo, mas podemos mitigá-los. E aqui encontramos informações para reforçar, praticar ou difundir nossas ações”.
O presidente da Emater/RS-Ascar, Luciano Schwertz, afirmou que é grande o compromisso e a responsabilidade das instituições que estão ao lado do produtor. “Precisamos pensar em condições melhores para enfrentar as adversidades. Levar informação e difundir políticas públicas, buscar oportunidade para todos. Quanto antes a gente se adapta, mais rápido a gente consegue seguir e crescer”.
Para refletir
Em seguida, o engenheiro agrônomo Josemar Parise, da Emater/RS-Ascar, falou sobre estratégias para minimizar perdas pela estiagem. “De 2012/13 a 2018/19 nós tivemos safras normais. Mas de 2019/20 a 2024/25 tivemos perdas relacionadas aos fenômenos El Niño e La Niña, estiagens e enchentes”.
Para o plantio das culturas de verão, como o milho e a soja, é preciso buscar arranjos. Novas cultivares, novos manejos de solo, antecipação ou alternância de épocas de plantio são algumas possibilidades. “O produtor também precisa participar dos dias de campo para conhecer os lançamentos. Há plantas que apresentam comportamentos diferentes. Com isso, será possível selecionar cultivares mais adequadas às previsões climáticas”.
Diante dos sucessivos prejuízos devido às adversidades climáticas, o governo do Rio Grande do Sul lançou o programa estadual de irrigação, o SuperEstiagem. “O agronegócio responde por cerca de 40% do PIB e 76% das exportações. Em média, a cada dez anos, ocorrem três estiagens severas. Na minha opinião o agricultor é um herói, pois ele vive todas essas dificuldades e ainda continua na atividade”, afirmou o engenheiro agrônomo Paulo Lipp João, chefe da Divisão Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e coordenador da iniciativa. De acordo com ele, repensar a irrigação é uma questão cultural. “Os jovens vão querer trabalhar com segurança na lavoura. Arriscar é algo que não vai ‘colar’ no futuro”.
O 15º Fórum de Diversificação ainda contou com o relato do produtor Charles Waechter, da localidade de Rio Pequeno, em Sinimbu/RS, que adotou novas práticas de manejo e conservação do solo; e dos professores da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Leonel Tedesco e Rafael Becker que falaram sobre os projetos eleitos na Consulta Popular 2025, voltados às áreas de conservação do solo e climatologia. Ao fim das apresentações, os participantes puderam debater os temas e ainda esclarecer suas dúvidas.
Jornalista Heloísa Letícia Poll – MTb/RS 16.224
Assessoria de Imprensa Expoagro Afubra 2025
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: Alencar da Rosa